
Tudo começou numa festa nas férias de Julho do Terceirão de uma ex-namorada, havia combinado de ir com ela e uns amigos. O rolê era em uma cidade do interior, pequena e relativamente perto de onde morávamos (uns 40 minutos de ônibus, talvez) e festa nas férias de adolescentes quase recém formados já viu né? Uma putaria desgraçada. Tá todo mundo cansado, estressado com o Enem e vestibulares, fudido e querendo mandar o mundo todo pra puta que pariu: é lógico que teria muita bebida, povo louco, doideiras e, claro, maconha. Pegamos uma carona com o sogro (ops, ex-sogro) e chegamos na casa do anfitrião.
Casa bacana, estilo sitiozinho, piscina, uns bois no curral ao fundo, gatchenhas de biquíni embaladas ao som de vodka com energético e tomando um funk.. Tudo perfeito, chego no quintal do cara onde o pessoal se encontrava e a primeira coisa que reparo é em uma mesa de plástico, daquelas de boteco da Skol, lotaaaada de bebidas de todos os tipos: vodka, cerveja, whisky, energético, refrigerante, cachaça, limões (sei que não é bebida, mas dá pra fazer uma caipirinha da hora 👌) e mais uma porrada de coisas. Até imaginei no momento aquele efeito sonoro que colocam nos filmes de anjos cantando "oooooooohhh♫🎝" quando o personagem encontra alguma coisa maravilhosa. Especificamente lembro da garrafa de uma bebida que não sei dizer se era de cachaça ou uma mistura qualquer da roça, mas que me fez rir muito: a Na Bundinha. No rótulo tinha o desenho de um cara enfiando o dedo no cu e tomando uns goles de pinga, muito pala. E antes que alguém pergunte: não, não tomei Na Bundinha.
Enfim, peguei um copo, uma dose qualquer e fui prosear com o pessoal da festa. Até o meio do ano eu tinha repetido o Terceirão com eles como ouvinte (me preparando para o vestibular) e depois das férias iria embora fazer cursinho na capital, de forma que havia muito papo para colocar em dia. Tô lá conversando com uma menina qualquer quando reparo em uma discussão atrás de mim: um cara magrelo que eu não lembrava o nome (mas já havia ouvido falar que era doidão) estava discutindo doidaço -os olhos em chamas de tão vermelhos- com uma mina japinha amiga dele. Não entendi o que ele falou mas me lembro da garota dizendo: "-Véi, se você quer ficar louco bebe (estende o copo), bebe aqui mas não fuma não, por favor, não faz isso!!" Ele respondeu uma coisa qualquer, que novamente não entendi, e logo saquei: huhum, tava fumando um bereu né safado? Tô vendo.
Continuei a festa e eis que surge Dridri. Driello* era da minha sala original e também estava repetindo o terceiro ano como ouvinte. É um dos caras mais loucos e gente boas que já conheci, imagina só: rockeirão, sempre de preto, jaqueta de couro (as vezes sobretudo) e até pouco tempo atrás usava o cabelo comprido. Detalhe que o cabelo dele é cacheado, então ficava mó esquisito comprido, parecia um poodle metaleiro dos anos 80, graças a Deus ele cortou. Acho que naquela festa foi a primeira vez que vi ele de chinelo, Dridri mudou muito com o tempo, anos mais tarde fumaríamos altos baseados juntos. Cumprimentei o cara com um abraço e a primeira coisa que ele fez foi levantar os óculos escuros e me perguntar: "-Mano, eu tô muito chinês?" Pra você que não conhece o vocabulário dos maconheiros, estar chinês significa estar sofrendo de um dos efeitos mais comuns que ocorrem quando se fuma um baseado: ficar com os olhos inchados, vermelhos e quase fechando, tal qual um sujeito oriental. É um dos sintomas que mais denunciam o uso de maconha. Falando em vocabulário dos maconheiros posso acrescentar que existem tantos termos, expressões e vocábulos típicos do pessoal que queima um com frequência que eu poderia fazer um dicionário... Um dicionário não, uma nova língua! Já pensou? Maconhês, a língua dos maconheiros. Qualquer dia desses vou fazer um post listando as principais expressões cannabicas. Mas enfim, viajei aqui, voltando à história, olhei para os olhos de Dridri: pareciam duas labaredas, tava com uma cara do cacete de modo geléia. "-Tá não Dridri, tá de boa." "-Aaah, que bom cara, já já escurece e quando tirar os óculos não quero dar pala." Ficamos conversando um tempo e chegamos ao assunto maconha, naquela época eu já tinha pesquisado a respeito e estava com muita vontade de experimentar, minha ex também: "-Mas fala aí Dridri, hoje vai rolar fumo de novo? Fala com os caras aí, tô afim de experimentar pela primeira vez." "-Se você vai experimentar é lógico que vai ser a primeira vez né mano, cuidado com o pleonasmo hahaha. Olha, vou perguntar os caras aqui se ainda tem e se eles forem fumar te chamo, formou?" "-Formou!" Dridri saiu e continuei lá de boas conversando com o pessoal. Naquela mesma festa enchi o saco dele mais umas duas vezes pra saber se o beck ia sair ou não, mas por incrível que pareça o salvador que apareceu com o cigarro foi quem eu menos esperava..
Aconteceu assim: eu estava tranquilão num canto, assistindo dois caras fazendo bodyshot na barriga de uma gringa intercambista da escola quando alguém me puxou pelo braço. Era ninguém mais ninguém menos que Alicinha*, a minha ex, que na época era atual, e eu havia ido pra festa junto. Me puxou pelo antebraço e disse: "-Vem cá que eu arrumei o bagulho." Saímos correndo para o fundo da casa e sentamos atrás de um monte alto de brita, com vista para a rua. Ela meteu a mão dentro da bolsa e tirou um pedaço amassado de papel alumínio, achei meio esquisito, obscuro, mas só assisti. Abrindo com cuidado o papel prateado me tira lá de dentro uma microponta, que sinceramente hoje sei que é pequena, mas na época foi mais que o suficiente para me deixar loucaralhaço. Era uma ponta bem ponta mesmo, devia ter o tamanho de uma polpa digital e meia talvez, a seda já estava amarelada devido aos fumantes anteriores e deixava os dedos fedendo pra caralho. Nem liguei, segurei aquela mini-sardola e taquei-le fogo. Dei umas duas tragadas, o gosto era meio estranho, forte, de erva mesmo mas meio esquisito, misturado com fumaça (por que será né)... Foi aí que vieram os primeiros efeitos.
Passei a maryjane para Alicinha, que também deu umas duas ou três baforadas, botou um The Smiths pra tocar no celular e ficou esperando a onda bater. Primeiramente senti um relaxamento, a pressão baixar e a visão balançar de leve, efeitos muito parecidos com os do cigarro de palha. Virei pra Alicinha e disse: "-Aaa, isso é de boa, parece efeito de paiero." Ela concordou. Passaram-se 3 minutos, o efeito não passava. Dei mais umas tragadas. "-Parece paiero mas o efeito não passa em alguns segundos igual ele... Interessante." Mais 3 minutos, o efeito não só não passou como ficou pior, dessa vez a visão balançava muito forte e eu me sentia leve pra caramba, como se não tivesse peso e a pressão estivesse baixíssima. Dei uma risada excitada e ao mesmo tempo nervosa: "-Hahaha!!! Caralho! Isso é muito bom, é igual paiero mas 300 vezes mais forte, 300 vezes mais forte!! Hahahahaha!!!" Ficamos rindo e conversando sobre aquela sensação, em êxtase (não pelo efeito da droga, mas por estar sendo algo novo) mas foi só quando deu uns 10 minutos que o negócio começou a ficar louco mesmo: eu olhei umas pessoas passando na rua, elas olharam pra gente e minha visão estava meio distorcida, como se eu tivesse miopia, eu não conseguia focalizar o rosto delas em específico. Comecei a pensar "caralho, elas estão vendo que a gente tá fumando maconha.. putz e se elas chamarem a polícia pra gente, iríamos fuder a festa... Não, essas pessoas aleatórias não fariam isso... Mas e se a polícia passar aqui na rua e ver a gente? Puta merda, é enquadro na certa, melhor sair daqui." Comecei a ficar noiado sentindo que poderia aparecer alguém na calçada a qualquer momento e sentir o cheiro ou ver a gente e chamei Alicinha pra sair dali e ir escorar atrás da casa. Ela consentiu e foi quando levantei da brita pra caminhar até a parede que senti o primeiro efeito doooido mesmo, a psicodelia, aquelas sensações inexplicáveis que só sentimos nas primeiras vezes que fumamos maconha..
Não sei descrever muito bem o que senti, mas parecia que eu não estava dentro do meu corpo de verdade. Eu conseguia me mexer, andar e fazer o que quisesse, mas não sentia como se aquele corpo fosse meu.. Olhava minhas mãos e era como se eu estivesse vendo um jogo de FPS. Deve ser até difícil para vocês entenderem o que estou querendo dizer mas fazendo uma analogia foi como se eu estivesse controlando um robô: imagina que você está dentro de um robô gigante, estilo Megazord. Você controla seus movimentos de dentro da cabine dele, pode fazê-lo andar, pular, falar.. Vamos supor que lá de dentro do robô você manda ele andar: você avança junto, já que está dentro dele, mas não sente suas pernas robóticas se mexendo como se fossem suas, não sente o equilíbrio da mesma forma que sentiria se ele fosse você.. Entendeu? Não? Tudo bem, lembrando disso nem eu mesmo entendo direito o que senti (descobri recentemente que essa sensação é chamada pela psiquiatria de Despersonalização). Digamos que foi tipo isso, mas ao mesmo tempo nada a ver com isso (ainda vou usar muito essa expressão durante o relato).
Ademais, comecei a sentir que aquele caminho do monte de brita até a parede da casa (cerca de 5 metros) era extremamente complexo e consistia em uma jornada épica, surreal. Olhava para o chão e enxergava o capim e as ervas daninhas pequenininhas, imaginava aquilo tudo como se eu fosse um gigante e na verdade o tamanho das formigas fosse o tamanho real. Essa onda do megazord e das formigas não foi muito longa, já que 5 metros são 5 metros e logo encostei na parede. Aliás, minto, a onda do megazord permaneceu por um bom tempo, até quase o fim dos efeitos do beck. Assim que encostei na parede minha psiquê começou a viajar, dessa vez não sei explicar mesmo o que aconteceu, mas foi muito intenso: lembrei de fatos da minha infância, as imagens se passavam na minha cabeça como se eu estivesse assistindo uma fita VHS (inclusive a visão que tinha dessas memórias era meio chuviscada, sem cor, assim como as fitas de vídeo), lembrei (em visão em primeira pessoa) de eu correndo numa ponte de madeira que ficava no parquinho da cidade, de comidas que eu não gostava; do nada a viagem mudou, passei a imaginar imagens psicodélicas vivas, multicoloridas (muito parecidas com aquelas que vemos em vídeos do YouTube que prometem te deixar chapadão só de assistir) e na minha cabeça aquilo representava as conexões do meu cérebro, mapas mentais, fisiologia pura. Do nada as imagens mudaram e passaram a ser pulsantes, ora eram pretas e ora eram chapas do meu cérebro, como se eu tivesse vendo um "raio-x" ou ressonância magnética dele.
Só lembrando que eu não vi isso, eu imaginei, mas essa imaginação era espontânea e intensa, eu não controlava, era como se estivessem injetando pensamentos em mim. Novamente: tipo isso, mas nada a ver com isso. Minha cabeça começou a pesar, estava pensando muito rápido e me cansando mentalmente. Virei pra Alicinha e disse: "-Caralho, tô muito louco." Ela também estava, jamais saberei se mais que eu ou não, era a primeira vez de ambos. Fiquei mais alguns minutos viajando naquelas imagens e ao mesmo tempo conversando com ela, me sentindo bem incomodado e já querendo que aquela onda parasse quando de repente me veio um estalo: e se eu ficasse doido daquele jeito pra sempre? Foi aí que o desespero bateu, comecei a ficar nervoso e a pensar que eu tava fodido, que jamais conseguiria ter uma vida normal daquele jeito e seria pra sempre um doente mental. Dei uns risos nervosos pra Alicinha e disse: "-Puta que pariu Alicinha, e se eu ficar assim pra sempre? Como é que vou estudar *meu curso superior* assim?? Como é que vou ter uma vida normal??? Fudeu!" Ela, muito jeitosa como sempre, ao invés de me acalmar disse: "Cacete, eu tô muito doida também, preciso pular na piscina pra ver se esse efeito passa! Não dá pra ficar assim! Vamos nadar, vem!" Tentei convencer ela a ficar senão todo mundo ia ver que a gente tava chapado (como se todo mundo naquela festa não estivesse) mas foi em vão: partimos para o quarto para trocar de roupa e dar um tibum na água. Hoje vejo que aquela foi a melhor coisa que poderia ter acontecido, se a gente ficasse ali e não tivesse se distraído com a piscina provavelmente a onda de ficar doido pra sempre iria piorar e eu teria tido uma bad trip fudida, logo na primeira vez que fumei maconha. Felizmente deu certo.
Chegamos no quarto, ela foi para o banheiro botar biquíni e eu coloquei um calção. Quando estava terminando de me vestir olho para a porta do banheiro e vejo Alicinha só de calcinha, cara de safada e fazendo um gesto com o dedo me chamando. Fui pra cima na hora, sentindo um tesão absurdo que nunca havia sentido. Hoje sei que a maconha acentua suas sensações, por isso um tesão que ali no momento seria normal, grande, na hora foi absurdo, monstruoso.
Começamos a nos beijar e o resto do que aconteceu fica por conta da imaginação de vocês, não vou entrar em detalhes.. Mas digamos que a psicodelia do baseado me fez ter umas sensações muito intensas. Enquanto beijava Alice sentia que nossas almas e corpos estavam se conectando de forma infinita, sentia o erotismo e a sensualidade extrema de cada toque, de cada movimento labial, de cada mordida. Infelizmente o quarto não tinha porta e não pudemos concluir tudo que queríamos concluir mas enfim, saímos dali e fomos para a piscina.
Pulando na água, que estava fria para um caralho diga-se de passagem, parece que o gelado me fez dar uma concentrada e aquela onda de loucura mental deu uma diminuída. Foi bom por esse lado mas eu virava para a mina e comentava com o queixo batendo que nunca tinha sentido tanto frio na vida (o que provavelmente era verdade, pelo menos a sensação, já que a maconha acentua todas), ela nem ligou, estava nadando feliz da vida e parecia nem se importar com a sensação térmica de -5ºC. Ao sairmos dali, sentamos junto com o pessoal da festa, onde estava rolando uma rodinha com violão. Nesse ponto a galera já estava bem mais tranquila, a noitinha, pessoal bêbado e cansado. Ficamos lá de boas, Alice soltando a voz cantando enquanto descansava a cabeça no meu ombro, tranquilidade, paz... Um fim de rolê perfeito. A única coisa ruim é que morguei nessa parte da roda, fiquei quieto lá, quase babando, calado, só observando, modo geleia total hahaha. Só depois de algumas horas fui arriscar voltar a conversar com o pessoal.
Por fim, não me lembro se dormimos lá ou se fomos embora. Serião, daí pra frente o que ocorreu me foge da memória, acho que ficamos e fomos embora no outro dia.. Na real não sei, é só até aqui que me lembro. Essa foi minha primeira experiência com maconha e com drogas ilícitas. Você pode até falar que pareceu exagerado ou psicodélico demais e que na realidade não acontece nada disso e eu tô inventado, e minha resposta pra você é: foda-se. Quem estava lá era eu, só eu sei o que senti e o que se passou pela minha cabeça. As vezes acho que meu cérebro tem receptores "muito bons" para maconha e outras drogas, o que me permite uma viagem mais psicodélica do que a maioria das pessoas costumam ter; ou talvez isso aconteça por eu ser muito criativo e a substância deixa minha mente vagar livre como um corcel selvagem numa planície gramada (viajei de novo eu sei); ou talvez simplesmente isso tenha acontecido porque foi minha primeira vez e meu cérebro nunca havia entrado em contato com o THC da erva. Tanto faz o motivo de eu ter viajado tanto, a questão é que foi massa demais, uma experiência totalmente nova e com certeza uma das mais intensas que já tive com maconha. Depois tive viagens legais, como a vez que achei que tinha voltado no tempo, ou o dia que eu e um amigo descobrimos o sentido do universo e da vida, ou*² quando comia um chocolate pra matar a larica e cada mordida me mostrava um trecho da história da humanidade, mas isso tudo são assuntos para outro post, até então fiquem com esse.
Enfim me despeço, peço que deixe aqui seu comentário dizendo o que gostou, o que não gostou e que conte sua experiência também, vamos trocar uma ideia, é só comentar aqui embaixo 👇. Grande abraço pra todos vocês, tudo de melhor!
*Nomes fictícios
OBS: Atenção! Fiz esse texto apenas para compartilhar uma experiência de vida e conhecimento!! Não estou incentivando ninguém a usar drogas e inclusive aconselho com total sinceridade a nunca experimentá-las, mesmo maconha (que é uma droga forte e pode levar ao consumo de outras drogas mais pesadas SIM!) Pense na sua família antes de fazer qualquer besteira, abraço!
kkkk, é igual aconteceu comigo, os efeitos.
ResponderExcluireu fumei ontem pela primeira vez, e foi a msm sensação que a sua, o medo,a visão embaçada pra crlh e eu acho realmente que tive um momento bad trip kkkk
ResponderExcluirmeuu, que louco!!! amei ler kkkkkkkkkk
ResponderExcluiransiosa pela minha primeira vez...
Provei maconha ontem mesmo, e Mano, parecia que eu tava sentindo até o sangue correr nas minhas veias! De primeira tive medo, sentia meu corpo todo formigas- e já que tive epilepsia tempos atrás, fiquei em estado de choque, não podia dar outro ataque epiléptico em mim - depois comecei a olhar pras pessoas, hora parecia q estavam muito perto, hora parecia q estavam muito longe - comecei a rir do nada, mas logo pensei: Mano, minha mãe vai me matar, prometi a ela q nunca iria provar mas eu tô vivendo minha adolescência e meu aniversário também. Depois comecei a chorar ñ sei pq e falei pra minha amiga q fuma a uns 5 anos a canabis, e ela disse q é super normal. E eu com medo de morrer. Depois levantei e senti o efeito megazord. Antes de levantar - esqueci de mencionar - falei pro meu amigo que a gente já tava atrasado pra festa, mas qnd fui ver no relógio do celular, era só 22:40, sendo q a gente chegou lá 22:30, fiquei chocada.
ResponderExcluirComecei a rir e fechei os olhos, eu ñ lembro o q eu vi qnd fechei os olhos, só lembro q foi bom. Do nada senti medo de todos e chamei o meu amigo pra gente ir no banheiro. O corredor do banheiro ora ficava longo, ora ficava minúsculo- muito doido. Me olhei no espelho e tava com os olhos lacrimejando e bem vermelhos, logo veio o pensamento: mano o que as pessoas vão pensar de mim? E do nada dei um beijo no espelho kkkkk depois voltamos pra roda, me sentei e começaram a cantar e eu cantei junto. Eram só 23hrs qnd olhei no relógio. Parecia q eu tava sla fazendo um sexo tântrico comigo mesma, foi demais!! Olhei pras pessoas ao meu redor todos chapadões, com os olhos entreabertos. E assim, quero fazer psicologia na faculdade, e comecei a pensar - ou falar - em como as pessoas são interessantes. Eu ainda tenho a sensação de que estou falando meus pensamentos kkkkk depois fomos a festa, e eu fiquei séria, comecei a chorar mas logo depois fiquei séria de novo. Fui no banheiro, qnd voltei pra fila onde meus amigos estavam, do nada fui no banheiro de novo. Encontrei minha ex colega de aula lá, e deu pra ver nos olhos dela q ela tbm tava Chapada, dae qnd voltei, parecia q eu era um radar de chapados e comecei a olhar nos olhos de todos pra ver qm estava chapado ou não. Aqui é cidade pequena, me deu um medo de encontrar alguém conhecido ali q ñ estivesse chapado.
Enfim, depois começamos a beber e foi Aì q eu fiquei com a sensação q estava em um disco voador. E decidi ali mesmo q nunca mais iria fumar maconha antes de ir em uma festa, pq se não iria acontecer de eu "misturar" dois tipos de droga. Hj me sinto com a garganta seca, não senti fome mas me deu muita sede.
Gostei da sensação, estou enfrentando meus bichinhos mentais, e nessa noite, eu esqueci completamente quais eram esses bichinhos, porém no dia seguinte, tudo voltou, então ñ se iludam q a maconha - assim como a bebida - serve pra esquecer. Enfim, gostei da experiência e quero ter de novo :-)